sábado, 8 de janeiro de 2011

ALERTA: Caramujo africano


O Caramujo Gigante Africano (Achatina fulica) foi introduzido em diversos países pelo próprio homem, tornou-se uma praga de diversas culturas, jardins e hortas. 

Ao que tudo indica, o caramujo - cujos adultos chegam a medir de 15 a 20 cm de comprimento, de 10 a 12 cm de altura e pesam cerca de 200 g -  foi trazido de outros países por criadores de escargots, sem qualquer critério de avaliação do seu impacto ambiental, caso o animal fugisse do cativeiro. No Brasil, não possui predadores naturais e nos vários países em que foi introduzido, numerosos esforços são dispensados para controlar esta praga.   Trata-se de uma praga que vem infestando casas e lavouras em diversos estados brasileiros.
 

DANOS  CAUSADOS  


Danos à vegetação  - Por serem polífagos, ou sejam alimentam-se de vários coisas, possuem um hábito voraz e sua dieta é composta de mais de 500 espécies de plantas, atacam as cascas, folhas, frutos das plantas, bem como raízes e bulbos. Destroem diversas culturas, incluindo hortas e causam danos consideráveis às plantações de frutíferas.  

Danos ao solo  - Por serem verdadeiros exploradores causam degradação do solo em áreas urbanas e em todos os lugares. Colonizam todos os espaços abertos em busca de novos territórios e novas fontes de alimento. É por isso que podemos encontrá-los nas cidades, em áreas públicas, lotes vagos, subindo ao longo das paredes, calhas e até mesmo nas residências.
Fique atento pois, com o hábito de vida noturna, a presença de caracóis e lesmas é freqüentemente substimada, por este motivo os prejuízos causados por eles são muitas vezes atribuídas a outros animais.


CARACTERÍSTICAS E CAPACIDADE DE REPRODUÇÃO

Cada caramujo deposita até 1000 ovos por ano e pode viver ate 10 anos. Isto significa que seu número pode crescer a um ritmo exponencial, o que aponta para uma solução emergencial para conter esta infestação.
Por preferirem ambientes úmidos os caramujos procuram proteger-se do sol, por isto movem-se e alimentam-se principalmente à noite e ao entardecer. Geralmente durante o dia estão inativos. Podem ser encontrados sob a vegetação rasteira, abrigado embaixo as árvores e também enterrados no solo.
Enquanto as lesmas caminham alguns metros e o caramujo africano até 50 m em uma noite.
Eles podem comer todas às plantas que estiverem à sua disposição, independentemente do fato da planta estar viva ou morta. Eles comem o que encontram e por vezes são vistos consumido cadáveres de animais ou matéria orgânica em decomposição.


TRANSMISSOR DE DOENÇAS

O caramujo africano é uma ameaça à saúde pública.

A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção cujo contágio pode ocorrer pela ingestão de larvas que ficam no muco produzido pelo caramujo que entra em contato com verduras, legumes e frutas:
  • o nematóide chamado de Angiostrongylus cantoensis  (uma espécie de verme microscópio)  que pode causar a angiostrongilíase meningoencefálica.    Os sintomas são dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.
  •   o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.

COMO RECOLHER 

A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, munidos de luvas descartáveis para não ter contato com o caramujo, os coloquem em recepientes com tampa.

Para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os vermes continuam no local.

Importante:

• Manuseie e colete o caramujo com a proteção de luvas ou sacos plásticos (verifique se o saco e as luvas não estão furados).
• Não coma, não beba, não fume e não leve a mão à boca, durante o manuseio do caramujo. Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o caramujo.
• Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos.
• Para exterminar os caramujos, matenha-os dentro de dois sacos plásticos e pise em cima com calçado adequado (tênis ou botas) para quebrar as conchas. Não deixe as conchas inteiras pois armazenam água para evitar larvas de mosquitos.   Outra alternativa e ferver os caramujos durante 50 minutos.
• Após esses procedimentos enterre-os em valas de 80 cm, jogando cal virgem em cima dos caramujos mortos nos sacos (cuidado, pois a cal virgem é cáustica e queima, causando danos à pele). Depois cubra a vala com terra. Atenção: essas valas devem estar distantes de poços ou cisternas.  Caso tenha dúvidas sobre o melhor local para cavar a vala, consulte os órgãos de saúde ou de meio ambiente de seu município.

• Lave as mãos após esses procedimentos.

• Para evitar que os caramujos africanos presentes em propriedades vizinhas cheguem ao seu terreno, prepare uma mistura de sabão em pó e água, formando uma calda forte, e espalhe sobre o muro.  Refaça esse procedimento a cada 3 semanas ou após cada chuva.

CUIDADO COM OS ALIMENTOS

Para ingerir verduras, frutas ou legumes de plantações que suspeite apresentar a presença de caramujos africanos:

  •   observe se as folhas e frutos estão inteiros, ou seja, se não foram comidos por caramujos.  Despreze os vegetais que tiveram contato com os caramujos.
  •  Deixe as verduras, frutas e legumes mergulhados em uma mistura contendo 01 colher (sopa) de água sanitária para 01 litro de água, durante trinta minutos e enxágüe muito bem, com água potável, antes de comer.
Mais informações podem ser obtidas juto à Defesa Civil do Município nos telefones 199 e 2576-5665.


O Instituto Osvaldo Cruz  também disponibilizou o Disque Caramujo Africano para prestar atendimento à população e informar como proceder no combate aos caramujos africanos gigantes - Tel: (21) 2598-4380 ramal 124

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